Projeto "Capoeira nos Bairros" se apresenta na praça Arlindo Pinto da Costa

Com cerca de 30 alunos matriculados nas aulas da arte marcial, o Projeto "Capoeira nos Bairros" foi um dos projetos vencedores do Edital 002/2024 da Lei Aldir Blanc promovida pelo Governo Federal em parceria com o Município, publicado no dia 18 de setembro de 2024 e aprovado no resultado final do dia 11 de novembro do mesmo ano, que contempla e financia projetos culturais nas modalidades de artesanato, música, artes cênicas e danças, todos com oficinas e apresentações ao público de forma gratuita. Capoeira nos Bairros foi inscrito na categoria de dança e foi aprovado pela banca examinadora da Secretaria Municipal da Cultura e Turismo, sendo contemplado com um financiamento de R$ 20 mil reais para desenvolver aulas, oficinas e apresentações de capoeira durante este ano de 2025. Ao todo, a Lei Aldir Blanc destinou ao Município, durante o ano de 2024, o valor de R$ 331.732,66 que foram destinados a vários projetos de incentivo e fomento à cultura.

As aulas do projeto serão realizadas em vários bairros ao longo do ano, mas atualmente estão acontecendo na Escola Municipal de Ensino Fundamental em Tempo Integral (EMEFTI) Oséias Rezende, no Centro de Barra de São Francisco, duas vezes na semana, toda segunda e quarta-feira, às 19 horas e com uma apresentação na Praça Arlindo Pinto da Costa, sempre no final do mês. O Projeto atende alunos de todas as idades que se interessarem pelo esporte e de forma gratuita.

Segundo o Professor da Acad-Capoeira, academia responsável pelo Projeto "Capoeira nos Bairros", Jonathas Guedes (conhecido pelo apelido Professor Dedé), a prática do esporte e da dança da capoeira, traz múltiplos benefícios a saúde, como o fim do sedentarismo, a regularidade nas taxas de glicemia, uma melhor circulação sanguínea pelo corpo, uma melhor disposição física e psicológica, combatendo o estresse e melhorando a forma física dos praticantes. Ele convidou os interessados a praticarem capoeira. "A capoeira é para todos e não escolhe idade. Você que precisa fazer uma atividade física, que está sedentário ou que quer conhecer um pouco da nossa cultura, do nosso esporte, aproveite um pouco das nossas aulas que estão sendo ofertadas aqui na nossa cidade de Barra de São Francisco e venha conhecer um pouco do nosso trabalho", convidou Professor Dedé.

A Secretária de Cultura e Turismo de Barra de São Francisco, Israelle Cândido destacou a importância cultural da prática da capoeira ao longo da história étnica da nossa sociedade. "Capoeira é cultura sim. Tem toda uma identidade. Hoje nós estamos aqui para fortalecer essa arte marcial, que tem tudo a ver com dança sendo uma arte de muita resistência, por todo o histórico que a capoeira trás para nós e para o Brasil. Afinal de contas é uma arte que veio da África e foi fortalecida aqui no Brasil", lembrou Israelle.

A Maria Francisco de Oliveira, de 38 anos, moradora do bairro Irmãos Fernandes é mãe da aluna do projeto de capoeira, Emily Oliveira de Queiroz, de 6 anos de idade, que já participa das aulas de capoeira há seis meses. Ela já percebeu o desempenho positivo na vida da filha. "Ela era uma menina muito elétrica e agora está mais calma, mais obediente, porque na capoeira, tem que obedecer, tirar boas notas na escola e ela está muito animada", disse Maria.

A jovem Flaviani Delaide Nascimento é aluna do projeto. Ela contou que não podia praticar esportes por conta de um acidente que sofreu há algum tempo, mas sentia muita vontade de participar das aulas de capoeira. Conversou com o Professor Dedé, que a orientou e adequou os exercícios para ela e já faz 2 anos que pratica aulas de capoeira no projeto. Ela citou os benefícios que a capoeira trouxe para vida dela. "Me mudou, quase da água para o vinho e eu estou muito feliz. Ela me tirou do sedentarismo. Além fazer um bem psicológico para a gente, faz um bem físico e é uma forma de defesa, principalmente para nós que somos mulheres. É de grande valia para o nosso município. Seria interessante até que outras mulheres viessem participar conosco", concluiu Flaviani.

Segundo o Professor Jonathas Guedes, cerca de 60 alunos já passaram pelo projeto e atualmente 30 alunos participam das aulas, mas as matrículas estão sempre abertas para quem quiser participar. É só comparecer no dia das aulas e se inscrever.