27 de setembro, o Dia Nacional da Doação de Órgãos: tudo o que você precisa saber

O dia 27 de setembro, foi instituído pela Lei nº 11.584/2007 como sendo o Dia Nacional da Doação de Órgãos, com o objetivo de promover a conscientização da sociedade sobre o tema. A campanha pretende, ao mesmo tempo, estimular as pessoas para que conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto.

Apesar da ampliação da discussão do tema nos últimos anos, trata-se ainda de um assunto polêmico e de difícil entendimento, resultando em um alto índice de recusa familiar. Inclusive, estudos identificaram três motivos principais para essa alta taxa de recusa, que não ocorre só no Brasil: incompreensão da morte encefálica, falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e religião.

O Brasil possui o maior programa público de transplantes do mundo. O primeiro transplante de órgão feito no país aconteceu em 19 de abril de 1964, quando um rim foi transplantado no Rio de Janeiro.

Sistema Nacional de Transplantes

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) cuja função de órgão central é exercida pelo Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes (CGSNT) é responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes realizados no país, com o objetivo de desenvolver o processo de doação, captação e distribuição de órgãos, tecidos e partes retiradas do corpo humano para fins terapêuticos.

Para atingir esse objetivo, a CGSNT realiza ações de gestão política, promoção da doação, logística, autorização e renovação das equipes e hospitais para a realização de transplantes, definição do financiamento e elaboração de portarias que regulamentam todo o processo, desde a captação de órgãos até o acompanhamento dos pacientes transplantados.

A atuação da CGSNT tem empenhado esforços, sobretudo, na formulação de estratégias que visem ao aumento da oferta de órgãos e tecidos para transplantes e consequentemente na redução do tempo de espera dos pacientes em lista, melhorando a qualidade de vida e, em muitos casos, salvando vidas.

O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 95 88% dos transplantes no país. Apesar do grande volume de procedimentos de transplantes realizados, a quantidade de pessoas em lista de espera para receber um órgão ainda é grande. 

Para vencer a desproporção entre número de pacientes na lista e o número de transplantes realizados, é importante identificar e notificar os óbitos, principalmente os de morte encefálica, preparar os profissionais de saúde e conscientizar a população sobre o processo de doação e transplante, fazendo com que estes últimos autorizem a doação, no caso da morte de entes queridos.

 

Doação de órgãos

O que é doação de órgãos?

A doação de órgãos é um ato por meio do qual podem ser retirados órgãos ou tecidos de uma pessoa viva ou falecida (doadores) para serem utilizados no tratamento de outras pessoas (receptores), com a finalidade de reestabelecer as funções de um órgão ou tecido doente. A doação é um ato muito importante, pois pode salvar vidas.

O indivíduo que esteja necessitando do órgão ou tecido o receberá por meio da realização de um processo denominado transplante. O transplante é um procedimento cirúrgico em que um órgão ou tecido presente na pessoa doente (receptor), é substituído por um órgão ou tecido sadio proveniente de um doador.

De um doador é possível obter vários órgãos e tecidos para realização do transplante. Podem ser doados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de um mesmo doador.

Na maioria das vezes, o transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam da doação. Todos os anos, milhares de vidas são salvas por meio desse gesto.

Quero ser doador de órgãos. O que fazer?

Se você deseja ser doador de órgãos e tecidos, a primeira coisa a fazer é avisar a sua família sobre a sua vontade.

É importante falar para a sua família que deseja ser um doador de órgãos, para que após a sua morte, os familiares possam autorizar, por escrito, a doação dos órgãos e tecidos.

No Brasil, a doação de órgãos e tecidos só será realizada após a autorização familiar.

Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera. A lista é única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

É preciso conscientizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos e tecidos e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto.

 

Autorização familiar

Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos e tecidos.

A morte de um ente querido é sempre uma situação difícil para toda a família, mas é justamente nesse momento de perda que o sofrimento pode ser transformado em um ato de esperança ao dar uma nova vida para pessoas que aguardam em lista de espera por um transplante de órgãos ou tecidos.

No Brasil, a remoção de órgãos só pode ser realizada após a autorização familiar. Não há nenhuma lei que garanta que a vontade do doador seja atendida, isto é, se uma pessoa manifesta seu desejo de doar e, após sua morte, a família nega, seus órgãos não serão doados.

A legislação determina que a família seja a responsável pela decisão final, não tendo valor a informação de doador ou não doador de órgãos registrada no documento de identidade ou outros. A melhor maneira de garantir efetivamente que a vontade do doador seja respeitada, é fazer com que a família saiba sobre do desejo de doar do parente falecido. Na maioria das vezes os familiares atendem a esse desejo, por isso a informação e o diálogo são absolutamente fundamentais, essenciais e necessários.

A doação consentida é a modalidade para a doação que mais se adapta à realidade brasileira. A previsão legal concede maior segurança aos envolvidos, tanto para o doador quanto para o receptor e para os serviços de transplantes.

A vontade do doador, expressamente registrada, também pode ser aceita, caso haja decisão judicial nesse sentido.

Por isso, é importante conversar com a família ainda em vida para deixar claro o desejo de doar!

 

Entrevista familiar

Depois da confirmação da morte encefálica e da manifestação do desejo da família em doar os órgãos do parente, a equipe de saúde realiza um questionário com os familiares para detalhar o histórico clínico do possível doador. A ideia é investigar se os hábitos do doador possam levar ao desenvolvimento de possíveis doenças ou infecções que possam ser transmitidas ao receptor.

Doenças crônicas como diabetes, infecções ou mesmo uso de drogas injetáveis podem acabar comprometendo o órgão que seria doado, inviabilizando o transplante. A entrevista é essencial para a que a equipe possa avaliar os riscos e garantir a segurança dos receptores e dos profissionais de saúde.

 

Quais são os tipos de doador?

O primeiro é o doador vivo: é a pessoa maior de idade e juridicamente capaz, saudável e que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Um doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões, a compatibilidade sanguínea é necessária em todos os casos. Para doar órgão em vida, o médico deverá avaliar a história clínica do doador e as doenças prévias. Pela legislação, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial.

O segundo tipo é o doador falecido: é qualquer pessoa com diagnóstico de morte encefálica (vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral)), ou com morte causada por parada cardiorrespiratória. O doador falecido pode doar órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino; e tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias.

Qual o tempo de isquemia de cada órgão?

O tempo de isquemia é o tempo entre a retirada de órgãos do doador
até a realização do transplante em outra pessoa. A tabela abaixo demonstra
o tempo de isquemia aceitável a ser considerado para transplante para cada órgão:

Transplantes de medula óssea, tecidos e pele

O transplante de células-tronco hematopoéticas, comumente chamado de transplante de medula óssea, consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células-tronco hematopoéticas normais obtidas da medula óssea, do sangue periférico ou de sangue de cordão umbilical e placentário, com o objetivo de normalizar a formação e desenvolvimento das células sanguíneas.

O transplante de células-troncos hematopoéticas é amplamente utilizado no tratamento de diversas doenças que afetam o sistema imune e as células do sangue como, por exemplo, alguns tipos de câncer hematológico, tais como as leucemias e os linfomas.

Atualmente, existem mais de 100 centros autorizados pelo Ministério da Saúde a realizar as diferentes modalidades de transplante de medula óssea:

transplante autólogo (aquele no qual as células doadas provêm do próprio indivíduo que será transplantado);

transplante alogênico aparentado (aquele no qual as células doadas provêm de outro indivíduo aparentado e compatível – irmão, pai ou mãe); e

transplante alogênico não aparentado (aquele no qual as células-troncos hematopoéticas provêm de um doador NÃO aparentado e compatível).

 

Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea - REDOME

Sob uma gestão voltada para o crescimento contínuo, qualitativo e sustentável, o número de doadores voluntários cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Hoje, com 28 anos de criação do REDOME e com apoio da política do Governo Federal de crescimento com enfoque qualitativo, o Brasil detém o terceiro maior registro do mundo, com mais de 5 milhões de cadastros.

Esses números permitem êxito em disponibilizar cerca de 70% dos doadores compatíveis aos pacientes brasileiros que necessitam e, caso seja necessário, com acesso a busca na rede que congrega registros de diversos outros países (busca internacional), totalizando um universo de busca de mais de 44 milhões de doadores, possibilitando também a doação para receptores internacionais.

É importante ressaltar ainda que, na busca pelo doador compatível, os pacientes não ficam limitados ao cadastro do seu estado, a busca é realizada no REDOME de uma forma global, que congrega os doadores de todo território nacional, bem como os bancos internacionais. O Brasil está conectado com a Worldwide Network For Blood & Marrow Transplantation (WBMT), que permite a busca na rede mundial de doadores cadastrados.

 

Doação e transplantes de tecidos

Diferentes tipos de tecidos podem ser doados e transplantados, como córnea, pele, osso, cartilagem, valvas cardíacas entre outros. No entanto, diferentemente do que acontece com os órgãos, que vão diretamente de um doador para um receptor, os tecidos precisam ser encaminhados e processados em um banco de tecidos, podendo ser armazenados por um período maior de tempo até sua utilização.

Os bancos de tecidos são estruturas especializadas no processamento e armazenamento de tecidos doados, fornecendo tecidos de alta qualidade técnica e seguros para transplante/enxerto.

 

Córnea

A córnea é a parte transparente que se localiza na parte anterior do globo ocular e, juntamente com a esclera, compõem a parte fibrosa e protetora do olho. A boa visão é consequência da transparência desta estrutura. Alterações no formato e na transparência da córnea podem comprometer seriamente a visão.

Funções da córnea

A córnea desempenha papel fundamental na formação da visão e proteção dos olhos. Transparente, funciona como uma lente sobre a íris, parte colorida do olho, focando a luz da pupila na direção da retina. As lágrimas (secreção lacrimal) mantêm a córnea úmida e saudável. Para o bom funcionamento da córnea é necessário que a mesma tenha transparência satisfatória e curvatura adequada. Se há perda de sua integridade, ela se torna embaçada, desfocada e a luz passa a não alcançar a retina, prejudicando sensivelmente a visão e provocando diversos transtornos que irão prejudicar o paciente no desenvolvimento das suas atividades diárias, podendo até mesmo ocasionar a perda completa da visão.

 

Como identificar problemas na córnea?

É importante procurar o oftalmologista desde os primeiros meses de vida para avaliação da visão. Tanto na infância quanto na adolescência, os pais devem ficar atentos quanto a possíveis queixas de cansaço visual, sensação de embaçamento e ofuscamento da imagem ou até mesmo visão dupla, mau rendimento dos filhos na escola e sempre que estiver sentindo desconforto intenso nos olhos. O diagnóstico precoce de qualquer problema é muito importante para o sucesso do tratamento, seja pela interrupção ou pelo atraso na progressão da doença.

 

Principais doenças da córnea

A córnea é acometida por diferentes patologias, que podem ser genéticas, hereditárias, defeitos de nascimento, ferimentos e infecções.

Algumas patologias estão associadas à curvatura da córnea, como o ceratocone, que é a principal causa de transplantes de córnea no Brasil. Outras  doenças que comprometem a saúde da córnea são as úlceras, degenerações e distrofias.

 

Como cuidar bem das córneas?

Os cuidados com os olhos são sempre muito importantes em qualquer situação, assim como o diagnóstico precoce de algum problema para a realização de um tratamento bem-sucedido. No caso do ceratocone, algumas atitudes na rotina podem ajudar a prevenir e até mesmo evitar o desenvolvimento da doença. Pessoas com hábito de coçar os olhos possuem mais chances de desenvolver a doença, portanto esse hábito deve ser evitado. Proteger os olhos com óculos escuros, pois a luz, seja do sol ou outros tipos de radiação, causa sensibilidade, proporcionando o desenvolvimento da doença. O tratamento para o ceratocone inclui o uso de óculos, lentes de contato e cirurgias e, por fim, o transplante.

A úlcera de córnea pode ser causada por infecção por bactérias, protozoários, fungos ou vírus, ou pela ação de uma substância química. Pode, ainda, ser causada por pequenos traumas e pela existência de corpo estranho no olho. As lentes de contato também exigem atenção porque, se não forem bem higienizadas, podem irritar ou contaminar os olhos. Para prevenir complicações, deve-se lavar bem as mãos antes da manipulação, evitar o uso de lentes de contato enquanto dorme e o uso excessivamente prolongado. Manutenção inadequada e descuidos com a desinfecção podem contribuir para o surgimento do quadro patológico, mesmo nas lentes novas. Além disso, as infecções nos olhos devem ser tratadas prontamente.

Para evitar acidentes e queimaduras nas córneas, os olhos devem ser bem protegidos ao utilizar substâncias ácidas e alcalinas, também presentes em produtos de limpeza doméstica. Trabalhadores que utilizem produtos químicos devem utilizar equipamentos de proteção individual adequados.

 

Exames que identificam problemas nas córneas

Além da importância de verificar a necessidade de correção de problemas oculares, é fundamental realizar com regularidade exames oftalmológicos completos, que podem também identificar doenças oculares e sistêmicas, como a diabetes e a hipertensão arterial. Estes exames medem a acuidade visual, com e sem correção, a refração, a pressão intraocular, a biomicroscopia e o fundo de olho. Topografia corneana e paquimetria ultrassônica são procedimentos realizados para auxiliar no diagnóstico de possíveis doenças, possibilitando que o paciente passe em seguida para a fase de tratamento.

 

Bancos de Tecidos Oculares (BTOC)

Os Bancos de Tecidos Oculares Humanos realizam a busca de doadores, a retirada e o processamento de córnea e esclera. Os tecidos são processados em cabine de segurança biológica classe II tipo A, de modo a garantir a segurança para os receptores e para os profissionais de saúde do banco de tecidos.

Os BTOC que atualmente fazem parte da rede de transplantes, podem ser consultados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), habilitação 24.13.

 

Tecidos musculoesqueléticos

O espectro de uso dos homoenxertos ósseos (enxerto colhido de indivíduo da mesma espécie, mas geneticamente diferente) é bastante amplo, podendo ser utilizados em cirurgias de coluna, ressecção de tumores, trauma com extensa perda óssea, revisão de artroplastia de quadril e joelho, pseudoartrose de ossos longos; em pacientes que, após acidentes, sofreram perdas na estrutura óssea; enxertos ligamentares em cirurgia de joelho e em todo procedimento ortopédico que necessite grande quantidade de enxerto ósseo.

Na ortopedia pediátrica, o uso de tecidos de banco é particularmente interessante, pois a opção de enxerto autólogo é reduzida, principalmente em idades baixas. Operações em que frequentemente são utilizados tecidos ósseos são correções de escoliose, artrodeses do pé, pseudartroses congênitas, entre outras.

A cartilagem pode ser utilizada para reconstruções de pavilhão auricular, preenchimento de assoalho de órbita e reconstrução nasal. Os tendões podem ser utilizados em reconstruções complexas com transferências tendinosas; a fáscia muscular (tecido conjuntivo que envolve o músculo) para reforço de assoalho da órbita e tratamento de paralisia facial; a esclera para revestimento de próteses oculares.

De uma maneira geral, o uso de tecidos provenientes de bancos de tecidos musculoesqueléticos em ortopedia aumentou significativamente nos últimos anos por várias razões: impossibilidade de obtenção de grandes quantidades de ossos autólogos (do próprio paciente); morbidade do local de retirada do enxerto; aumento no número de revisões de artroplastias de quadril e joelho; e desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas que dependem de osso homólogo.

 

Bancos de Tecidos Musculoesqueléticos (BTME)

Os BTME realizam a busca de doadores, a retirada e o processamento de tecidos. No caso de ossos, podem ser captados tecidos de doadores vivos e falecidos. Para doadores vivos podem ser captadas cabeças de fêmur provenientes de pacientes que foram submetidos à artroplastia de quadril. Dos doadores falecidos podem ser captados praticamente todos os ossos do corpo, inclusive segmentos de ossos.

Os tecidos são processados em sala limpa (classificada) de modo a garantir a segurança para os receptores e para os profissionais de saúde do banco de tecidos.

Os BTME que atualmente fazem parte da rede de transplantes, podem ser consultados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), habilitação 24.15.

 

Doação e transplantes de pele

A pele tem aplicação no tratamento de queimaduras ou de feridas crônicas, como as feridas na perna decorrentes do diabetes ou de úlcera venosa. A pele processada vai funcionar como um curativo biológico para pacientes que sofreram graves queimaduras. No início do tratamento do queimado, são realizados desbridamentos (retirada da pele queimada). A pele transplantada será utilizada em substituição aos tecidos carbonizados e mortos que foram retirados. Sofrerá, então, um processo de integração, permitindo que o paciente melhore as suas condições clínicas. Ainda são muito poucos os Centros de Queimados no Brasil. Mesmo nos grandes centros urbanos, os leitos destinados aos pacientes queimados e os profissionais especializados nesta área ainda estão bem abaixo do necessário.

 

Bancos de Peles (BP)

Os Bancos de Pele realizam a busca de doadores, a retirada e o processamento. A pele pode ser processada em cabine de segurança biológica classe II tipo A, ou em sala limpa (classificada) de modo a garantir a segurança para os receptores e para os profissionais de saúde do banco de tecidos.

Os BP que atualmente fazem parte da rede de transplantes, podem ser consultados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), habilitação 24.19.

 

Tecidos Cardiovasculares

As valvas cardíacas (ou válvulas cardíacas) são estruturas que pertencem ao coração e funcionam como janelas de saída de cada uma das quatro câmaras (átrios e ventrículos) que dividem o órgão. Elas dirigem o fluxo de sangue em um único sentido, não permitindo que esse retorne à câmara anterior. A abertura e o fechamento das válvulas produzem o som dos batimentos cardíacos. Quando a válvula sofre alguma lesão ocorre uma valvulopatia (enfermidade relativa às valvas), que evolui para uma cardiopatia (enfermidade relativa ao coração) necessita ser reparada ou transplantada por outra válvula, seja essa de origem natural (biológica) ou de origem artificial (próteses com materiais sintéticos ou metálicos).

Valvas cardíacas humanas são utilizadas como substitutos valvares desde 1962 e apresentam algumas vantagens em relação às próteses convencionais, como o desempenho hemodinâmico fisiológico com fluxo sanguíneo central e laminar, incidência quase nula de tromboembolismo (dispensa o uso de anticoagulantes) e maior resistência a infecções. Essas características resultam em melhor qualidade de vida no pós-operatório e, em algumas séries, maior sobrevida tardia. O uso clínico de homoenxertos de valvas cardíacas é amplamente utilizado como técnica cirúrgica para várias doenças cardiovasculares. Os homoenxertos obtidos da valva aórtica são frequentemente usados em doenças como destruição valvar, endocardite e estenose congênita do ventrículo esquerdo; quando obtidos da valva pulmonar são indicados para a correção da regurgitação ventricular direita, durante a cirurgia de “Ross” e homoenxertos da valva mitral (menos frequente).

Banco de Tecidos Cardiovasculares (BTCV)
Os BCTV realizam a busca de doadores, a retirada e o processamento de tecidos cardiovasculares que podem ser provenientes de doador falecido ou doador vivo (em caso de paciente receptor de coração). O coração doado para obtenção das valvas e os demais tecidos cardiovasculares podem ser processados em cabine de segurança biológica classe II tipo A, ou em sala limpa (classificada) de modo a garantir a segurança para os receptores e para os profissionais de saúde do banco de tecidos.

Os BTCV que atualmente fazem parte da rede de transplantes, podem ser consultados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), habilitação 24.14.

 

O que é morte encefálica?

A morte encefálica é a morte de fato, compreendida pela perda completa e irreversível das funções encefálicas cerebrais, definida pela cessação das funções corticais e do tronco encefálico ou tronco cerebral. Quando isso ocorre, a parada cardíaca será inevitável e, embora ainda haja batimentos cardíacos, a respiração não acontecerá sem ajuda de aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas. Por isso, a morte encefálica caracteriza a morte de um indivíduo.  

Quando constatada a morte encefálica, que é irreversível, o óbito da pessoa é declarado. Nesta situação, os órgãos e tecidos podem ser doados para transplante, mas apenas após o consentimento familiar.

A Lei nº 9.434/2017, conhecida como a “Lei dos Transplantes”, estabelece que a doação de órgãos após a morte só pode ser realizada quando for constatada a morte encefálica.

Quando o óbito ocorreu por parada cardiorrespiratória (coração parado), pode ser realizada apenas a doação de tecidos (córnea, pele e ossos, por exemplo).

 

Diagnóstico da morte encefálica

O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pela Resolução Nº 2.173, de 23 de novembro de 2017, do Conselho Federal de Medicina – CFM.

A constatação da morte encefálica deverá ser feita por médicos com capacitação específica, observando o protocolo estabelecido que define critérios precisos, padronizados e passiveis de serem realizados em todo o território nacional.

Os critérios para identificar a morte cerebral ou encefálica são rígidos, sendo necessários dois exames clínicos com intervalos que variam de acordo com a idade dos doadores, realizados por médicos diferentes.

Saiba mais sobre os órgãos e tecidos

 

Estatísticas

As estatísticas do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) representam a consolidação dos dados sobre transplantes, com informações coletadas dos diversos integrantes do SNT. Os dados estatísticos são essenciais para que o Ministério da Saúde possa tomar conhecimento, registrar, monitorar e dar publicidade às atividades realizadas, bem como sistematizar índices que demonstrem o desempenho do setor nas unidades federativas, regiões e no país como um todo, utilizando estes dados também para tomada de decisões.

O Ministério da Saúde é responsável pelo financiamento total do processo de doação de órgãos e tecidos e por cerca de 95% do financiamento dos transplantes realizados.

As informações estatísticas apresentam, para Brasil e estados, a quantidade de transplantes realizados por ano e por tipo de órgãos, números sobre a doação e valores de financiamento relacionados, dando a transparência necessária ao processo.

 

Coração

O coração, órgão principal do sistema cardiovascular, é uma câmara oca com quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos. Localizado no interior da cavidade torácica, possui o formato de um cone invertido com o ápice voltado para baixo e apresenta o volume aproximado de uma mão fechada. Normalmente pesa cerca de 250 a 350 g e se contrai de 60 a 100 vezes por minuto para impulsionar o sangue para o restante do corpo.

O coração humano é formado pelo músculo cardíaco (miocárdio), revestido externamente por uma membrana denominada pericárdio e internamente pelo endocárdio. Ele está situado dentro da caixa torácica, o que lhe confere maior proteção. A contração do coração é automática, diferente dos demais músculos do corpo, assim, o movimento do coração se dá independente da nossa vontade por possuir um sistema de estímulos elétricos próprios.

O transplante de coração é recomendado a pessoas com insuficiência cardíaca e que não respondem a nenhum tratamento ou cirurgia.

 

Função do coração

A função primordial do coração é bombear o sangue para todo o corpo. É considerado a estrutura central do sistema circulatório, bombeando sangue oxigenado (arterial) para as diversas partes do corpo e para os pulmões o sangue venoso (cheio de gás carbônico) para ser novamente oxigenado. A importância do coração é tamanha que, quando o coração para de bater, nenhum outro órgão ou função continua funcionando no organismo.

 

Saiba mais sobre o coração

Algumas doenças cardíacas podem ser identificadas pelo aparecimento de alguns sinais e sintomas, como falta de ar, tontura ou desmaio frequente, cansaço fácil, palpitações, inchaço nos tornozelos ou dor no peito, sendo recomendado ir ao cardiologista caso os sintomas se mantenham por vários dias, piorem ao longo do tempo ou surjam muito frequentemente.

Muitas doenças cardíacas podem não apresentar sintomas e só acabam sendo descobertas após exames de rotina, como o eletrocardiograma (ECG) ou o teste de esforço.

Fique atento aos sinais e não demore em procurar ajuda especializada.

Quanto mais sintomas sentir, maior é a probabilidade de apresentar um quadro de insuficiência cardíaca. As pessoas que possuem mais chances de sofrer com doenças do coração são aquelas que têm antecedentes familiares com problemas cardíacos, os que estão acima do peso ideal, fumam ou possuem outras doenças associadas, como diabetes, hipertensão e aterosclerose.

 

Principais doenças do coração

As doenças cardiovasculares representam uma das maiores causas de mortes em todo o mundo, ocorrem mais frequentemente em pessoas a partir dos 50 anos, embora possam acometer indivíduos de todas as idades. Na maioria das vezes a doença cardiovascular se dá em razão de hábitos pouco saudáveis. Tabagismo, obesidade, estresse, má alimentação e falta de exercícios físicos estão associados ao surgimento das principais doenças cardiovasculares.

 

As principais doenças cardíacas são:

Pressão Alta

Insuficiência Cardíaca

Ataque cardíaco (infarto)

Arritmia cardíaca (alterações nos batimentos cardíacos)

Aneurisma de aorta abdominal

Cardiopatia congênita

Angina

Miocardite

Pessoas com hipertensão, diabetes e colesterol alto são mais suscetíveis a sofrer com problemas cardiovasculares caso não se previnam. Por isso, na maior parte dos casos, os riscos de cardiopatia podem ser prevenidos por meio de práticas saudáveis ao longo da vida e realização de check-up junto a um cardiologista com regularidade.

 

]Como prevenir doenças cardíacas

A maioria das doenças cardiovasculares pode ser prevenida por meio da abordagem de fatores comportamentais de risco – como o uso de tabaco, dietas não saudáveis e obesidade, falta de atividade física e uso nocivo do álcool, utilizando estratégias para a população em geral.

A adoção de alguns hábitos e medidas contribui para prevenir o surgimento de doenças cardíacas:

Controlar o colesterol;

Prevenir e controlar a diabetes;

Prevenir e controlar a hipertensão (pressão alta);

Evitar o fumo;

Evitar a ingestão de álcool ou consumir com moderação;

Manter um peso saudável;

Praticar exercícios físicos regularmente;

Manter dieta saudável.

 

Exames que identificam problemas no coração

O médico cardiologista irá determinar quais exames fazer. Os mais comuns são:

Eletrocardiograma: Verifica os impulsos elétricos do coração, mostrando o ritmo cardíaco. Oferece, ainda, dados sobre o tamanho dos átrios e ventrículos e a situação das artérias coronárias.

Ecocardiograma: Fornece dados sobre o funcionamento do coração, tamanho, forma e movimentos do músculo cardíaco e das válvulas.

Holter: Dispositivo que grava o eletrocardiograma continuamente por 24 horas. Avalia o ritmo cardíaco, a frequência cardíaca e o balanço autonômico do coração, durante as atividades habituais dos pacientes. Muito útil para diagnosticar casos de arritmia.

Monitor de eventos eletrocardiográficos (loop event recorder): Sistema de monitorização prolongada e contínua do eletrocardiograma, por meses ou semanas.

Cintilografia: Compara o comportamento das coronárias em cada situação – repouso e esforço.

Cateterismo: Identifica os pontos exatos nas artérias onde o sangue está tendo dificuldade de passar.

Angioplastia: Como no cateterismo, identifica os pontos obstruídos nas artérias coronárias e ainda é possível, durante o procedimento, implantar um stent (dispositivo minúsculo que parece uma mola) para manter as artérias abertas, desobstruídas e evitar um novo acúmulo de gordura.

 

Pâncreas

O pâncreas é um órgão relativamente pequeno, que pesa cerca de 100 gramas e mede cerca de 15cm em um adulto. Situa-se, em condições normais, na porção superior do abdômen, abaixo do estômago e é interligado por um canal ao duodeno. É dividido em partes denominadas cabeça, corpo e cauda. O pâncreas apresenta uma parte exócrina, secretora de substâncias que atuarão na digestão, e uma parte endócrina, secretora de hormônios.

O transplante de pâncreas é feito a partir de doadores falecidos e geralmente é realizado junto com o transplante de rim.

 

Funções do pâncreas:

O pâncreas é responsável pela produção de alguns hormônios como insulina, glucagon e somatostatina que são responsáveis pela manutenção de níveis ideais de glicose no sangue, e enzimas importantes como amilase, lipase e tripsina, que participam do processo digestivo.

Saiba mais sobre o Pâncreas

Os seguintes sintomas podem ser um sinal de problemas no pâncreas:

Dor abdominal, que é um dos sintomas mais comuns, podendo iniciar de forma súbita e tornar-se progressivamente mais forte e contínua. Normalmente, acontece no centro do abdômen, onde o pâncreas está localizado, espalhando-se para a parte superior e inferior.

Aumento da dor quando o indivíduo se deita de costas.

Diarreia com eliminação de gordura nas fezes.

Náuseas e vômitos após alimentação, geralmente associados à dor.

Principais doenças do Pâncreas

Diabetes Mellitus Tipo I.

Pancreatite aguda ou crônica. A pancreatite crônica pode causar a Diabetes Mellitus tipo II.

Câncer de pâncreas.

Como cuidar bem do Pâncreas

Faça o controle de glicemia no sangue e na urina.

Pare de consumir bebida alcóolica e de fumar, esses hábitos alteram a glicemia. O fumo também é responsável pelo câncer de pâncreas.

Fracione sua alimentação a cada duas ou três horas.

Jamais fique em jejum – a hipoglicemia pode ser muito prejudicial.

Mantenha seu peso ideal – a obesidade pode complicar o tratamento do diabetes e a gordura estimula a resistência à insulina.

Mantenha-se ativo – já é comprovado que os exercícios físicos regulares regulam a glicose no sangue.

Evite açúcar.

Se não é insulino-dependente, a alimentação é o primeiro passo para o controle da glicemia;

Coma mais peixes, legumes, nozes e alimentos ricos em cromo, pois ele é necessário para o bom funcionamento do sistema de produção de insulina.

Use alimentos ricos em fibras, pois eles evitam os picos de produção de insulina, prolongando o tempo de digestão.

Controle a hipertensão arterial.

 

Fígado

O fígado é a maior glândula do corpo está localizado na parte superior direita do abdômen, abaixo do diafragma e acima do estômago, rim direito e intestinos. Possui formato de prisma, sua coloração é vermelho-escuro, tendendo ao marrom. Pesa cerca de 1.500g e é dividido em quatro lobos.

O fígado tem uma grande capacidade de regeneração e é por isso que pode ser doado parte deste órgão em vida.

 

As principais funções do fígado são:

Metabolismo da glicose;

Metabolismo proteico;

Armazenamento de vitamina e minerais;

Metabolismo de medicamentos;

Eliminação de toxinas

Produzir proteínas, fatores de coagulação, triglicerídeos, colesterol e bile;

Regulação da coagulação sanguínea.

 

Saiba mais sobre o fígado

Os primeiros sinais e sintomas de problemas no fígado são a dor abdominal do lado direito e a barriga inchada. Além desses sintomas, também pode ocorrer cor amarelada na pele e nos olhos, urina amarela com cheiro forte ou escura, enjoos ou tonturas com muita frequência, cansaço sem razão aparente, surgimento de hematomas após pancadas leves, falta de apetite, fezes de cor amarelada, esbranquiçada ou cinzenta.

 

Principais doenças do fígado

Existem diversas doenças hepáticas, os sintomas podem ser muito parecidos. A diferença entre elas costuma ser a gravidade e a velocidade com que deterioram o fígado.

As principais doenças que acometem o fígado incluem:

Cirrose hepática: doença crônica caracterizada pela substituição do tecido hepático normal pela fibrose difusa, a qual rompe a estrutura e a função do fígado;

Hepatite viral: infecção viral sistêmica, em que a necrose e a inflamação das células hepáticas produzem um grupo peculiar de alterações clínicas, bioquímicas e celulares. Até o momento, cinco tipos definidos de hepatite viral foram identificados: hepatites A, B, C, D e E;

Icterícia: concentração aumentada de bilirrubina no sangue;

Hipertensão porta e ascite: alterações circulatórias dentro do fígado comprometido, produzindo hemorragias gastrointestinais graves e acentuadas retenção de sódio e líquido;

Deficiências nutricionais, como resultado da incapacidade das células hepáticas lesionadas de metabolizar determinadas vitaminas responsáveis pelo comprometimento funcional dos sistemas nervosos central e periférico e pelas tendências anormais para o sangramento;

Encefalopatia hepática: acúmulo de amônia no soro devido ao metabolismo protéico comprometido pelo fígado lesionado.

Como cuidar bem do fígado

Para manter o fígado saudável e manter o funcionamento correto, evitando danos irreversíveis para a sua função, é imprescindível:

Ter uma dieta saudável.

Evitar bebidas alcoólicas.

Praticar atividades físicas - que ajudará a manter o peso ideal e evitar complicações como diabetes, colesterol alto e obesidade.

Não tomar medicamentos em excesso e sem orientação médica, além de anabolizantes.

Exames que identificam problemas no fígado

Um check-up completo para detectar possíveis enfermidades no fígado, bem como de outras doenças.

Há um grande número de exames laboratoriais disponíveis comercialmente que têm utilidade na avaliação do paciente com suspeita de doença hepática ou na investigação da sua causa. Os exames podem ser classificados, de modo didático, em:

Hemograma

Exame de função hepática

Exame de coagulação do sangue

Exame de hepatite viral

Exame de ureia e creatinina

 

Pulmão

O pulmão é um órgão do sistema respiratório formado por milhões de alvéolos pulmonares, tem forma piramidal, de consistência esponjosa, cor-de-rosa, localizado na caixa torácica e recoberto por uma membrana protetora chamada pleura. O corpo humano possui dois pulmões, divididos em segmentos chamados de lobos. O pulmão esquerdo tem dois lobos e o direito, três. O direito é mais espesso e mais largo que o esquerdo e também um pouco mais curto.

A principal função dos pulmões é a troca gasosa, oxigenar o sangue e eliminar o dióxido de carbono.

A presença frequente de sintomas como dor no peito constante, falta de ar, fadiga, padrão respiratório anormal, perda de peso e falta de apetite são sintomas de deficiência na função pulmonar.

O transplante de pulmão é indicado para pessoas com doença pulmonar grave, tais como fibrose cística, pulmonar e enfisema. Em situações especiais, uma parte do pulmão pode vir de um doador vivo, normalmente é feito de um doador adulto para um receptor criança, de forma que apenas um pequeno pedaço do pulmão é retirado e o doador consegue viver normalmente.

 

Principais doenças do pulmão

As doenças pulmonares representam uma das maiores preocupações em saúde a nível mundial, além de responderem por um sexto das mortes em todo o mundo, elas implicam em um potencial incapacitante.

As principais doenças pulmonares incluem a apnéia obstrutiva do sono, asma, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), pneumonia, embolia pulmonar, tuberculose, câncer de pulmão e doenças intersticiais.

Como cuidar bem dos pulmões

Para manter os pulmões saudáveis, evitando danos irreversíveis para a função pulmonar, algumas ações são imprescindíveis:

Evite fumar! O tabagismo ainda é a principal causa do câncer de pulmão. Os fumantes têm 20 vezes mais chances de ter a doença do que os não fumantes.

Pratique exercícios físicos, os pulmões ficam mais fortes e têm mais facilidade de fornecer oxigênio para o coração e os músculos.

Mantenha-se hidratado, a água ajuda a limpar os pulmões.

Mantenha hábitos alimentares saudáveis.

Exames que identificam problemas nos pulmões

O pneumologista é o médico responsável pelo tratamento das doenças pulmonares e respiratórias. Para auxiliar o diagnóstico dos problemas pulmonares podemos lançar mão de vários exames: espirometria, angiografia por TC, ressonância magnética, angiografia arterial pulmonar, radiografia de tórax, tomografia computadorizada, entre outros.

 

Rim

Os rins são dois órgãos (um par) de cor marrom-avermelhada, localizados em ambos os lados da coluna vertebral, na região lombar, logo abaixo do diafragma, por trás do fígado e estômago. Eles são em forma de feijão e medem, cada um, cerca de 12cm de comprimento por 6cm de largura e 3cm de espessura, pesando aproximadamente 150g.

Os rins, por serem dois, podem ser doados tanto em vida quanto após o falecimento, a função renal pode ser realizada adequadamente por um único rim, sem que isso cause prejuízos à saúde do doador. O transplante renal é recomendado para pacientes com insuficiência renal irreversível.

 

Funções do Rim

São três as principais funções dos rins:

Eliminar as toxinas ou dejetos resultantes do metabolismo corporal: uréia, creatinina, ácido úrico, etc.

Manter um constante equilíbrio hídrico do organismo, eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos, evitando, assim, o aparecimento de edemas (inchaços) e aumento da pressão arterial.

Atuar como órgãos produtores de hormônios: eritropoetina, que participa na formação de glóbulos vermelhos; a vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio para fortalecer os ossos; e a renina, que intervém na regulação da pressão arterial.

 

Principais doenças do rim

Nefrites: pielonefrite (infecção do rim) e glomerulonefrite (inflamação do rim).

Nefrolitíase, mais conhecida como pedra ou cálculo no rim.

Diabetes mellitus, causada pelo elevado teor de glicose no sangue.

Hipertensão (pressão alta), causada pela elevada concentração de sais no sangue, retenção de líquidos ou estreitamento de vasos.

Rins policísticos, que são cistos renais (hereditários).

 

Como cuidar bem dos rins

Para manter os rins saudáveis, evitando danos irreversíveis para a função renal, é imprescindível:

Manter uma atenção rigorosa sobre a pressão arterial.

O controle da glicemia e da hipertensão no diabético.

O diagnóstico da hipertrofia prostática.

Detecção precoce de anormalidades urinárias congênitas na infância.

As doenças mais perigosas para os rins são a diabetes e a hipertensão, por serem doenças silenciosas e indolores. Em geral, o paciente não toma providências para um pronto restabelecimento do equilíbrio do organismo e dos rins, até que se torna um problema renal crônico, tornando-se necessária a diálise ou o transplante.

 

Exames que identificam problemas nos rins

Um simples exame de urina já vai mostrar se há perda de proteína na urina, sangue ou células inflamatórias. Através de um exame de sangue pode-se determinar a concentração de ureia e creatinina, substâncias cujas concentrações se elevam quando os rins estão insuficientes. Para um exame mais preciso é colhida a urina de um dia (24h) e feito um exame chamado de clearance de creatinina, que dá uma ideia melhor do funcionamento dos rins. Um simples exame de ultrassonografia também pode ajudar a verificar o tamanho, formato e qualquer outra alteração significativa dos rins.

Data de Publicação: segunda-feira, 26 de setembro de 2022